SERÁ DOCE MORRER NO MAR?

 

Por mais que desenvolva a tecnologia, o mar sempre será um mistério para nós. Ainda não conseguimos decifrar todos os enigmas que o mar nos apresenta.

 

Nem a Atlântida ainda foi encontrada.  Não se pode afirmar com segurança se realmente existe esse Continente Perdido, ou se é mera lenda.  Quem saberá dizer o que se esconde nas profundezas dos Oceanos... Muitos navios ainda estão “desaparecidos”, sem que sequer se encontre rastro deles. Não só navios, mas  aviões, helicópteros, e pessoas... quantas pessoas foram tragadas pelo mar, sem que jamais se tivesse notícia delas...

 

O fenômeno das marés também não é totalmente explicado.  Haverá mesmo influência da lua?

 

O mar tem muito da natureza humana. Ora se apresenta calmo, tranquilo, com ondas lembrando um suave marolar, como uma mãe embalando seu filho... Contudo, quando enfurecido, varre tudo com enormes ondas, quando ocorre o fenômeno da ressaca, lembrando assim o lado belicoso das pessoas, sempre prontas para a guerra.

Contudo, algo é imutável.  Sua grande beleza. Em qualquer das manifestações, o mar sempre é um espetáculo grandioso que encanta os olhos mais empedernidos. 

 

Seja na tranqüila beleza de seus momentos de calmaria, quando nossa vista não se cansa de admirar suas ondas, num suave ir e vir, que lembra doces momentos de amor.

 

Seja no enfurecer de uma ressaca, quando suas ondas jogam-se selvagemente, arrasando com tudo que encontrar pela frente, lembrando paixões ou ódios violentos.

 

Sempre, porém, um belo espetáculo, coroado pelo ponto máximo de atração, que é nascer e o por do sol, sempre deslumbrantes, isso sem falar no luar, que  enleva corações românticos.

 

Como se não bastasse a beleza natural, como se não bastassem os mistérios que tanto encanto lhe empresta, o mar ainda nos brinda com o melhor de nossos alimentos.  E ele não coloca dificuldades para que possamos nos servir. Basta-nos pescar...

 

O mar apenas cobra tributo de quem não sabe respeitá-lo e não toma os devidos cuidados ao invadi-lo.  Há que se saber respeitar o mar, para não ser engolido por ele... É preciso conhecer seus humores, se está calmo ou irado. Se está com fome, querendo engolir quem abusar.

 

Quando o mar está enfezado, com as ondas um pouco mais fortes, os caiçaras costumam dizer que ele está “com fome de jacus”, ou seja, pessoas que não tomam os devidos cuidados, seja entrando no mar embriagadas, seja abusando das brincadeiras e deixando-se levar por ondas enganosas.  O mar só causa problemas para quem não o respeita, e, para evitar esses perigos, basta respeitá-lo.

 

Desejando UM LINDO DIA, com um pequeno poema sobre meu amigo MAR...

 

Marcial Salaverry


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