COMO VIVER UM RELACIONAMENTO MADURO
É necessário deixar bem claro que um Relacionamento Maduro não é necessariamente aquele vivido entre pessoas maduras, de idade madura, mas sim, um relacionamento entre pessoas equilibradas, e que saibam vivê-lo maduramente, com seriedade, não permitindo que ele amadureça demais e apodreça, ou que simplesmente se desgaste com o uso... Meu querido amigo L’Inconnu, esteve passeando um pouco, e, via e-mail, passou-me o seguinte pensamento, que se encaixa à perfeição nesse tema. Vejam: Num relacionamento maduro, o outro deve ser um acréscimo, e nunca um complemento. Claro. Você deve completar o seu amor, e não simplesmente complementá-lo abdicando por isso de sua personalidade. É preciso notar-se a sutil diferença existente entre completar o amor e complementar o amor. O ideal é completar o amor, ou seja, somar sua personalidade, seu jeito de ser, à personalidade e ao jeito de ser do parceiro, permitindo que se componha uma parceria entre ambos, e não apenas uma sociedade. Se apenas complementar, estaremos nos transformando em uma extensão do parceiro, isto é, abdicando da real personalidade, e complementando a personalidade do outro. E isso não é bom, pois mais cedo ou mais tarde, iremos sentir que renunciamos à nossa vida, e, claro, nos arrependeremos disso mais tarde. Mas ocorre que muitas vezes isso acontece tarde demais. Assim, quando formos iniciar um relacionamento, sempre deveremos pesar bem os prós e os contras, vendo bem no que será preciso haver uma modificação, visando um melhor entrosamento, sendo importante que o outro lado também ser conscientize de que precisará se modificar para que as engrenagens funcionem bem. A reciprocidade é fundamental. Claro que nem tudo poderá ser acertado de início. Ficarão arestas, que precisarão ser acertadas com muita consciência e paciência. Costumo comparar um relacionamento com duas engrenagens que de início não estão perfeitamente sincronizadas, sendo então necessário que tais arestas sejam aparadas com jeito, para que não paralisem a engrenagem toda. Há que se colocar um óleo nela, para minimizar o atrito, evitando que se quebre. Fazendo um pequeno comercial, existem duas marcas boas de óleo, são elas, Diálogo e Compreensão. Usando-as, evitam-se atritos e rupturas. Agora como os parceiros se completam, ao invés de um complementar o outro, é imprescindível o bom emprego desses óleos, pois cada qual deverá ceder um pouco, em benefício do entendimento total. Lógico que isso leva tempo, daí a importância dos óleos. Eles permitirão que as arestas se toquem e se acomodem, sem que haja a ruptura. Isso é o que eu entendo como Relacionamento Maduro. Desde o início ambos se respeitaram, sabendo observar os espaços, sabendo respeitar os direitos um do outro. Nada de imposições, tipo “Eu não admito isso”, nem tampouco a submissão, do tipo: “Está bem, amor, você é quem sabe...”. Nem tanto ao mar, nem tanto a terra. As coisas devem ser resolvidas de comum acordo, mormente as decisões mais importantes, que envolvem a vida em comum. Ambas as partes devem opinar com igual peso, em busca de um consenso. Quando divergirem, a questão deverá ser reestudada. Para que esse relacionamento vingue, o principal, é que ninguém queira dominar ninguém. Não tem essa de “Quem manda em casa”. Comparo o relacionamento a uma sociedade comercial. Ambos tem direitos e deveres iguais. Ninguém manda absoluto. O predomínio de um dos lados, com a conseqüente submissão do outro, é fator altamente negativo para a durabilidade dessa união. Até mesmo no sexo tem que haver respeito... Mas sobre isto vamos conversar depois, senão o assunto vai longe. Aliás, a respeito do respeito no sexo, aguardo algum palpite... Alguma sugestão... E com essa idéia, espero que todos tenhamos UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry |
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