NOVOS RELACIONAMENTOS... ainda
Sem dúvida alguma, existem assuntos verdadeiramente polêmicos e inesgotáveis. Falando-se sobre relacionamentos, e mais ainda sobre seu término, creio que nunca se chegará a uma conclusão. Respondendo a uma amiga que citou o fato de sua filha haver terminado um relacionamento aparentemente maravilhoso, ainda mais em se considerando que o genro havia conquistado toda a família, e que os dois se amavam muito, e se davam muitíssimo bem, vou tentar chegar a alguma conclusão. Como pode, duas pessoas que se querem muito bem, simplesmente dar um basta, se amavam-se tanto? De repente, não mais que de repente, tudo terminou e nem mesmo eles sabem explicar o porque. "Não sei mãe... acabou o amor..." . Sequer houve uma briga, algo que justificasse o término de tudo. Continuam amigos. Gostam-se. As famílias se entendem (coisa rara). Apenas não se amam mais. Como explicar isso? Realmente não é fácil chegar-se a uma conclusão. O mais lógico, é que houve precipitação quando resolveram se unir. Não analisaram bem o que realmente sentiam um pelo outro. Julgavam amar-se, mas o que pensaram ser amor, era apenas uma atração física. Aliada a essa atração física, ainda pensavam igual sobre muitas coisas. Tinham (têm ainda), muitas afinidades. Pensam igual sobre muitas coisas. E permanecem amigos. Fica aberta a possibilidade de um reencontro amoroso entre ambos, pois são jovens ainda, e a amizade entre ambos e as famílias pode até favorecer a coisa. Nesse caso, existe um ponto que não permite dúvidas. Foram levados pelo impulso do momento. Não pensaram maduramente sobre as responsabilidades de um casamento. Geralmente a impulsividade dá nisso. A atração física é algo muito passageiro, que não resiste à convivência. O interessante neste caso é que ambos chegaram à mesma conclusão, e não houve desentendimentos. A coisa complica quando a perda da atração é unilateral. Nesse caso, a separação é traumática, cheia de brigas e acusações. O único a se lamentar no caso, é que ambos agiram mais pelo impulso, tanto no início, como no fim. Não analisaram bem o que realmente os unia. E depois, possivelmente, agiram com alguma precipitação. Em um relacionamento sempre surgem arestas que precisam ser aparadas em conjunto. A atração física sempre sofre alguns arrefecimentos. Há que se alimentá-la para que não se perca. Existindo amizade, as possibilidades de entendimento são sempre muito grandes. Principalmente se uma das partes ainda ama a outra. Consentiu com a separação, mas sofre. Relacionamentos para durar tem que ter uma base sólida, madura. Sempre é triste ver casos em que a precipitação joga porta afora a possibilidade de uma vida em conjunto longa e feliz. Os jovens precisam ter em mente que não há nada como a maturidade de pensamento. A impulsividade sempre leva a atitudes das quais acabam se arrependendo mais tarde. Quanta vida é jogada fora em um momento de irreflexão. "Descurti e pronto." Infelizmente vi esse filme vezes demais para o meu gosto. Muitas vezes, a descoberta chega tarde, quando se perguntam: Por que não pensei melhor antes de fazer isso?. São dois passos importantíssimos na vida que devem ser muito bem meditados e analisados: A união e a separação. O início e o fim. O arrependimento por vezes chega tarde demais... Pensem e repensem. Muitas vezes vale a pena uma nova tentativa.
Marcial Salaverry |
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